quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Te tenho como margem de erros, te tenho como aquilo que me faz mal. Aquela droga ilícita que vicia, aquele desejo sem controle. Afora tu, único ser capaz de me despertar tais sentimentos e vontades, ninguém mais desperta. És como mar de ilusões, onde mergulhamos sem poder ver o fundo, e quando nos damos conta, nos encontramos perdidos, vagando na solidão.
Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só tua.

domingo, 27 de março de 2011


E eu me encontro aqui, solitária outra vez. Deixando de resolver os meus problemas, para resolver os teus. Tirando de mim e colocando em ti.
Aliás, me pergunto isso constantemente: Quando é que serei minha de volta? Me cativastes de uma maneira, tens pedaços meus em ti, partes que não controlo.
Me recordo de terem dito que isso deveria ser o tal do amor, mas será que dele quero provar?  Me acostumei a ver pessoas sofrendo por causa dele, dizem alguns, que até morte já deu.
 E cada vez mais, minha cabeça palpita em torno de uma pergunta: Vale mesmo à pena? Me parece que é loucura, sofrimento, borboletas no estômago e felicidade, tantas emoções adversas, contidas num só sentimento. Tenho pra mim, que isso deve ser coisa de doido, como se faz pra controlar um turbilhão de sentimentos assim?
Cresci em uma geração que as pessoas sofrem mais do que se felicitam, novamente por esse amor. Muitas vezes cheguei a ter raiva dele, por machucar pessoas que eu tinha afeto, quis matá-lo
e de certa forma o matei, dentro de mim. Mas é persistente, e não cansa de me procurar, e eu que acabo sempre dele fungido, hoje em dia não sei mais pra onde correr, parece mais um calvário, dívida ou algo assim, onde quer que eu vá, por onde eu permaneça, vem ele me aterrorizar... Não permite que eu faça ensaios pra que ele se apresente, simplesmente chega assim: do nada, e me faz enlouquecer por algo tão abstrato, irracional, incógnito.
 Eu tenho medo do incerto, pode ser por isso que eu não goste dele, mas e se eu sentir que pode valer a pena, devo arriscar?
Perguntas, perguntas e mais perguntas, milhares de dúvidas e ninguém para saciá-las, como poderei então, me preparar para o amor?
Isso é tão injusto a mim, um ser tão preso em seus medos cotidianos, incapaz de enxergar as entrelinhas, e ter que bater de frente com o desconhecido, é tão difícil, machuca tanto, por que tem que ser assim? Poderia ser mais alegre e começar com as borboletas no estômago e a alegria, não as lágrimas, como começa o meu. Como sempre, eu a diferente, correndo do desconhecido, temendo que ele possa me alcançar,  e assim continuar a caminhada, fungindo, fugindo e fugindo, vendo assim se um dia ele vem a me pegar.

sexta-feira, 25 de março de 2011

abstinência


Te olho, logo te sinto. Te tenho, logo te quero mais. Cada instante que passa quero sentir teu gosto, explorar as curvas do teu corpo, brincar com a tua boca, fazer parte de ti. Passam-se momentos longe de ti, e logo tenho sede dos teus beijos, meio como uma abstinência, uma necessidade. Cada célula do meu corpo sabe incansavelmente que és a minha droga, meu vício, meu medo, meu amor. É perceptível a qualquer um, que quando chegas perto de mim, eu fico nervosa, agitada e sem jeito. Que se me abraças, não me demoro fico vermelha, e que  principalmente se lembro das nossas noites gostosas e sutis, do nosso sentimento intenso,  automaticamente me arrepio e fico sorrindo, involuntariamente.
Quero me fixar em ti, como uma tatuagem, permanecer em ti,  como um dia alguém pudesse imaginar, sermos apenas um, habitando dois corpos. Quero ser tua e de mais ninguém, pertencer e me entregar a ti, ser fiel e te amar, com a maior vontade que um dia possa existir.
Te fazer feliz, cuidar de ti, e me dedicar ao nosso futuro, ao nosso amor.
Sentir saudade e poder curá-la, sentir dor e poder amenizá-la contigo, dividir momentos e construir nossa história.

E quando tudo isso é feito para não durar, eu só quero que nunca acabe, que permaneça sempre assim, eu e você juntos, bem como deve ser.

Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto..


Não sabe quem é.  Sente-se sozinha. Quer colo. Quer carinho. Quer atenção.
Arrepende-se de seus pecados, pois está pagando-os agora. Queria alguém com quem conversar, alguém que a entendesse e não a julgasse.
Precisa apagar seu passado, porém não age para que isso aconteça. Precisa levantar daquela cama, viver a vida e aproveitá-la. Sente que pode explodir a cada minuto, e que sente dor, muita dor, como sangue fluindo por algum hematoma. Tem vontades constantes de ficar sozinha, embora quando está sozinha, sente-se solitária demais.
Precisa de um novo amor e um porre; o porre ela consegue em qualquer esquia, mas e o amor?
Espera o amanhã, adormecida na cama, temendo ter pesadelos a noite. Acorda chorando, outro pesadelo a atormentou, mas a ela parece que os pesadelos não acabam ao abrir dos olhos, para ela os pesadelos a perseguem durante o dia também. Mas apesar de tudo ela sorri. Sorri por medo de chorar. Sorri porque não quer chorar. Sorri para esconder as lágrimas, mais como um disfarce. Teme que alguém desmascare-a, mas mesmo assim, continua disfarçando. É mais fácil pra ela.É mais fácil para todos. E vive com a máscara, na expectativa de que um dia, no abrir de seus olhos, ela não tenha mais pesadelos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

fugiria.


Eu fugiria de você, como fugiria de mim. Fugiria para um lugar distante, muito distante. Moraria em um quarto de hotel, onde eu não conheceria ninguém, onde não teria apegos, rotinas ou amizades, seria apenas eu e eu. Eu viveria sem me preocupar com o amanhã, sem ter que dar satisfações a ninguém, viveria sem problemas, durante algum tempo. Eu comeria quando tivesse vontade, iria pra rua quando quisesse, falaria com as pessoas quando desejasse, mas nunca faria amizades; eu viveria isolada do mundo, sem celulares, televisores ou rádio, sem qualquer meio de comunicação, viveria somente comigo mesma. Com o tempo seria mais fácil, pois eu envelheceria e algumas pessoas que eu conhecia há um tempo já faleceriam, e tudo tornaria-se mais fácil. Eu iria me perder nos dias da semana e do mês, não iria saber quantos anos já teria, e quando faria aniversário, ou quando se comemorariam datas comemorativas. Eu me sentiria solitária, mas minha cabeça faria companhia ao meu coração, e eu envelheceria assim, absorta na minha própria cápsula, sem saber que idade eu teria e com o tempo que já passara eu esqueceria de você como esqueceria de mim, esqueceria do mundo ao meu redor, e viveria assim, sem apegos e sem amores, apenas com a solidão, sendo somente o fantasma do meu passado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sabe o amor?

ele não começa com "era uma vez" e nem termina com "felizes para sempre". ele começa com um sorriso, uma lágrima. ele começa com palavras doces, simpáticas e verdadeiras. ele começa com um olhar, com uma conversa. ele começa como uma música, que faz todos entrarem nela e envolve cada vez mais em suas armadilhas. independente das pessoas, dos lugares, e dos tempos, sempre vai ser amor. o amor não é feito de palavrinhas idiotas, o amor é feito de grandes gestos, como aviões levandos faixas sobre estádios, propostas em telões, ou palavras gigantes escritas no céu. o amor é ir mais além mesmo que doa, deixando tudo pra trás . o amor é encontrar uma coragem dentro de si que nem se sabia que existia !